segunda-feira, 31 de maio de 2021

 

Aquisição de terreno e construção: o que é e como obtê-lo

Aprenda sobre o procedimento de aquisição de terreno e construção em nosso blog!

Aquisição de terreno e construção - homem e mulher indicando mapa

Foto: Reprodução

aquisição de terreno e construção é uma linha de financiamento onde o comprador, além de adquirir um lote, também receberá um valor para a construção de um imóvel. Contudo, o processo exige dos interessados alguns requisitos a serem preenchidos. Portanto, neste post, esclarecemos como funciona esse tipo de empréstimo, quem pode fazê-lo e as formas de pagamento disponíveis. Confira!

 

O que é a aquisição de terreno e construção?

Oferecida pela Caixa Econômica Federal (CEF), a aquisição de terreno e construção é um financiamento que permite a compra de um terreno em conjunto ao material de construção. Dessa forma, além de adquirir a porção de terra, o comprador também consegue erguer o novo lar.

A diferença dessa modalidade de empréstimo é a possibilidade de utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para quitar parte do pagamento. O montante liberado para a compra é cedido através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Já como garantia, o financiamento utiliza a alienação fiduciária, ou seja, a transferência de posse de um bem do devedor ao credor.

Em relação ao pagamento, é possível parcelar o valor total do empréstimo em até 35 anos. É importante ressaltar que, nesse tipo de financiamento, o comprador pode possuir imóveis em seu nome. Além disso, não há um teto para a renda. Contudo, se o comprador já possuir um lote, esse será a garantia na negociação.

 

Como solicitar?

Para conseguir o financiamento na modalidade aquisição de terreno e construção, os compradores interessados precisam atentar-se aos requisitos para obter o empréstimo. Saiba quais são eles:

  •        Ser maior de 18 anos ou emancipado (caso possua mais de 16);
  •        Não estar em cadastro de devedores do SPC, SERASA ou Banco Central;
  •        Não ser proprietário de qualquer outro imóvel residencial no município de domicílio ou onde trabalha;
  •        Não possuir financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
  •        A prestação não pode ser maior que 30% da sua renda familiar mensal bruta;
  •        Não ter abatido o valor total de outro financiamento com o FGTS;
  •        Utilizar o imóvel exclusivamente para moradia.

Liberação do dinheiro

Assim que a documentação e o projeto da casa forem aprovados, você será chamado para uma entrevista. Nela, tudo que foi pedido será analisado e encaminhado para a aprovação dos setores responsáveis. Caso tudo esteja conforme os padrões do banco, o dinheiro será liberado. Contudo, como muitos podem pensar, ele é entregue em parcelas.

A primeira delas corresponde ao valor total do terreno, que é depositado na conta da pessoa que vendeu o lote. Já as parcelas seguintes serão divididas e entregues conforme o avanço das obras. Portanto, se você estiver com pressa, reserve uma quantia para o pagamento da mão de obra. Dessa forma, não haverá atraso na construção.

 

Projeto da Casa

Quem decide como será o projeto da casa é o próprio proprietário junto ao engenheiro contratado para chefiar a obra. Entretanto, tal projeto deve passar pelo crivo da Caixa Econômica. Dessa forma, é preferível que se procure um profissional já habituado com os trâmites do banco, a fim de evitar complicações na aprovação do projeto.

Mesmo sendo possível fazer alterações no escopo da casa durante sua execução, é preciso solicitar aprovação da prefeitura do município onde a casa será localizada e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Logo após, comunique formalmente à CAIXA. As mudanças só podem ser realizadas se o parecer do setor de engenharia do banco for positivo.

 

Passo a passo de como assentar o porcelanato

31/05/2021

Assentamento de porcelanato é um dos assuntos mais procurados para quem quer revestir a casa de forma correta e impecável. Este artigo é ideal e completo, com orientações técnicas que fará a diferença na hora de assentar. Acompanhe!

Na hora de assentar o porcelanato, existem alguns segredos simples, mas que fazem toda a diferença no projeto final. Você sabia, por exemplo, que as placas são produzidas conforme os ambientes em que serão instaladas? Que se o produto foi criado para ficar exposto ao sol, precisa de uma argamassa resistente e com rejunte especial?

Se tudo isso for novidade, fique tranquilo! Selecionamos dicas essenciais para que você não tenha nenhuma surpresa depois de alguns meses, como peças desalinhadas ou que pareçam estar soltas. Continue conosco e acompanhe as etapas.

Linha Still Now com lastra que traduz a urbanidade do concreto com suavidade (Projeto: Portobello S.A.)

Defina o ambiente que receberá o porcelanato

A primeira orientação é definir se o porcelanato vai ser aplicado na área interna ou externa, a fim de escolher a argamassa ideal. Existem quatro tipos no mercado, e esse produto pode ser encontrado na versão em pó ou em pasta (pronta para aplicação).

A superfície e as peças precisam estar limpas e secas, livres de qualquer resíduo que prejudique a aplicação da argamassa. Ao contrário do que muitos pensam, o porcelanato não precisa ficar de molho em água nem estar umedecido para ser instalado.

Quanto ao contrapiso, ele deve estar curado ou pronto há pelo menos 14 dias. É fundamental conferir o caimento da água, especialmente em direção ao ralo. Nos banheiros, o ideal é que tenha uma diferença inferior de 1cm.

Para assentamento de piso sobre piso, é necessário observar as condições do revestimento antigo. A superfície precisa estar nivelada e em bom estado, sem nenhuma peça descolando. Em seguida, o piso de base é lixado para aderir melhor aos novos materiais que serão fixados com argamassa especial para esse trabalho.

O assentamento sobreposto é muito procurado por evitar quebra-quebra, reduzir entulhos e diminuir gastos — em alguns casos, a economia na obra pode chegar a 35%. Os benefícios não valem para rodapés, que precisam ser totalmente substituídos.

Linha Nordik Wood, uma grande lastra de madeira em tons castanhos e veios escuros (Projeto: Portobello S.A.)

Selecione os materiais corretos e cuide da armazenagem

É muito importante que você adquira todo o material antes de pensar em como assentar o porcelanato. Além disso, procure sempre levar um percentual a mais do que o necessário para fazer reposições e resolver problemas com quebras.

Lembre-se também de adquirir os revestimentos de uma só vez. Se comprar em diferentes lotes, as cores e tamanhos das peças poderão apresentar diferenças. Assim que recebê-las, verifique se estão em conformidade com os dados da Nota Fiscal.

Por fim, procure guardar os produtos adquiridos em local fresco e arejado. As informações sobre armazenamento adequado devem ser fornecidas pelo fabricante. Ainda assim, vale seguir algumas orientações básicas, como:

  • manter as embalagens em local coberto;
  • separar caixas de acordo com nome do produto, calibre e tonalidade;
  • empilhar as caixas na vertical sobre estrados de madeira (sempre observar o empilhamento máximo permitido);
  • manter a etiqueta das caixas para fora, de modo que fiquem visíveis.

Linha Via Durini apresenta materiais e acessórios que potencializam a personalização (Projeto: Portobello S.A.)

Observe alguns detalhes antes de fazer a aplicação

Para começar qualquer construção ou reforma, é fundamental conhecer bem o projeto de paginação. Procure definir isso com o azulejista para não haver desperdício de peças, especialmente de modelos mais finos e difíceis de manusear.

Procure inspecionar cada placa antes do assentamento. Os exemplares que apresentarem defeitos aparentes devem ser separados e utilizados como cortes. Feito isso, defina o ponto de início da instalação — o sentido correto é em direção à porta.

Tomando esse cuidado, o instalador não vai pisar nas peças já colocadas. Caso isso aconteça, é grande o risco de quebrar ou desalinhar uma placa. Se preferir, há a possibilidade de esconder as peças recortadas embaixo de uma estante ou sofá.

Também não esqueça de verificar os pontos de água e energia. Nesse processo, procure checar se não há vazamentos, se a impermeabilização está em perfeito estado e se as caixas elétricas estão na posição correta.

Prepare a argamassa conforme orientações do fabricante

Misture o conteúdo da argamassa com a quantidade indicada (na embalagem) de água em um recipiente limpo e seco — preferencialmente de plástico. Mexa com uma furadeira lenta ou misturadora elétrica até obter uma consistência firme e pastosa.

Deixe a massa descansar por 15 minutos e, em seguida, misture antes de usar. Fique atento para o tempo de uso do produto. A argamassa tem duração de duas horas e 30 minutos em temperatura igual ou inferior a 20°C. Se após esse período a mistura não for utilizada, deverá ser descartada.

Atenção: não adicione mais água após o preparo da argamassa, pois essa prática pode comprometer a aderência do produto e provocar descolamentos. A mistura de água feita “a olho” ou com a ajuda de objetos de madeira também deve ser evitada.

Lastra Black Eclipse reveste até o teto do banheiro (Projeto: Portobello S.A.)

Aplique a argamassa para assentar as peças

Com o lado liso da desempenadeira, espalhe a argamassa. Com o outro (denteado), passe formando cordões. Não se esqueça de usar os espaçadores. Cada porcelanato tem uma dimensão exata para os dentes da desempenadeira, portanto, verifique essa informação antes de escolher o instrumento:

  • peças de até 399cm²: desempenadeira quadrada 6mm;
  • peças entre 400 e 899cm²: desempenadeira quadrada 8mm;
  • peças entre 900 e 1999cm²: desempenadeira quadrada 8mm;
  • peças acima de 2000cm²: desempenadeira quadrada 10mm.

No momento em que é aplicada sobre o revestimento, a argamassa já começa a secar e perder sua capacidade de aderência. Para evitar problemas, verifique o tempo em aberto do produto (em geral não passa de cinco minutos) e procure fixar a peça rapidamente.

Como assentar o porcelanato: coloque a peça sobre a superfície desejada e pressione com as mãos, batendo com o martelo de borracha até que fique bem colada. Só tome cuidado: quanto maior o tamanho da placa, maior o risco de quebra devido ao impacto do martelo. Se isso acontecer, a dica é aplicar menos força na batida ou usar uma desempenadeira de borracha.

Atenção: o verso das placas traz setas, números ou palavras que são propositalmente posicionados pela fabricante. Por isso, é importante alinhar esses sinais em um mesmo sentido para que o assentamento não apresente irregularidades.

Considere o tamanho do porcelanato

O tamanho das placas interfere no modo de assentar o porcelanato. Se as peças instaladas forem pequenas, o correto é rebocar a parede antes. Em modelos maiores, com dimensões iguais ou superiores a 30×30cm (900cm²), é aconselhável passar a argamassa também no tardoz (parte de trás da placa).

Esse processo é chamado dupla colagem e é necessário para que todo o espaço entre o substrato e a peça fique preenchido com argamassa. Quando feito corretamente, previne o descolamento e evita o surgimento de diversas patologias na obra.

O ideal é que a dupla colagem seja feita com cordões em sentido paralelo para garantir até 25% mais aderência. Já os cordões circulares ou cruzados criam bolhas de ar que diminuem a resistência mecânica e, por esse motivo, devem ser evitados.

Para o esmagamento dos cordões, é preciso assentar o revestimento em um ponto 5cm distante da localização final. Em seguida, deve-se arrastar a peça no sentido diagonal até chegar em sua posição correta. O procedimento é necessário para qualquer tamanho de placa, inclusive modelos menores.

Limpe as peças após o assentamento

Enquanto as peças são aplicadas, é necessário eliminar o excesso de argamassa. Para isso, a superfície do porcelanato deve ser limpa com auxílio de uma esponja ou pano de algodão úmido. Esse processo precisa ser realizado até uma hora depois de assentar o revestimento para evitar o endurecimento da argamassa — que pode danificar o piso.

Entendido sobre como assentar o porcelanato, você já pode partir para a etapa final do acabamento, que será realizada após 72 horas com a aplicação do rejunte.

Utilize o rejunte certo para cada piso

O rejunte é tão importante quanto o piso escolhido, afinal, vai garantir o bom acabamento e evitar fissuras ou infiltrações que causam mofo, bolor e descolamento de peças. O produto tem como principal função vedar o revestimento, mas também ajuda a compensar possíveis irregularidades, facilitando o alinhamento das placas.

Para ter sucesso nessa etapa, é importante utilizar o rejunte certo, fornecido por uma marca de qualidade. Existem três tipos no mercado:

  • cimentício: com acabamento áspero, é composto por cimento e agregados minerais. Pode ser usado no lado interno e externo, bem como em áreas molháveis. Na aplicação, a distância entre peças deve ser de 3 a 10mm;
  • acrílico: com acabamento mais liso, é composto por cimento, resina acrílica, agregados minerais, pigmentos, aditivos e polímeros. Na aplicação, a distância entre peças deve ser de 1 a 3mm;
  • epóxi: é um bicomponente à base de resina que garante acabamento de excelente qualidade. Apresenta elevada resistência química e mecânica, é impermeável e resistente a fungos e manchas. Permite manter distâncias menores que 3mm entre as peças.

Quanto à cor do rejunte, é possível escolher tonalidades semelhantes ao piso ou que contrastem com a superfície. Tudo vai depender do estilo que se quer obter no ambiente. Em construções litorâneas, por exemplo, o ideal é optar por produtos escuros ou com tons de areia para disfarçar as manchas que surgem com maior frequência.

Para fazer o rejunte, é importante limpar e umedecer as placas com água. O produto tem um prazo de utilização (em torno de duas horas) e deve ser preparado de acordo com as orientações do fabricante.

A aplicação do rejunte se faz com desempenadeira de borracha a aproximadamente 45° da superfície, na diagonal das juntas. Durante o processo, deve ser utilizada pressão adequada para garantir que o produto aderiu ao substrato.

É importante rejuntar toda a área de uma vez só, já que as variações do clima podem interferir na secagem do produto e na aparência do piso. Após a aplicação, deve-se remover o excesso de rejunte e aguardar a cura por 20 minutos.

Por fim, basta limpar a superfície com esponja úmida, fazendo movimentos circulares. É necessário repetir a operação até que todas as juntas fiquem lisas e no mesmo nível das bordas do porcelanato.

Linha Segments nos convida ao toque e surpreende a cada possibilidade de paginação (Projeto: Portobello S.A.)

Avalie os resultados

Depois de aguardar o tempo de cura da argamassa, confira a aderência dando leves batidas em regiões de recortes ou locais próximos de tomadas. Observe também se existem peças fora do plano. É fácil: passe um cartão nas juntas e perceba se o objeto desliza ou enrosca.

Outra avaliação é quanto ao nivelamento das peças. No caso do porcelanato retificado, no qual o rejunte deve ter no máximo 2mm de distância entre um revestimento e outro, uma diferença de 1mm já é percebida. Agora, se as placas tiverem um espaçamento maior (5mm, por exemplo), a diferença de 2 ou 3mm não ficará tão aparente.

Após todas essas dicas de como assentar o porcelanato, você já pode preparar o projeto e seguir para a obra. Mas alguns cuidados finais são necessários para que o resultado arranque suspiros. Afinal, o porcelanato é um dos revestimentos mais requisitados exatamente pela beleza, praticidade e resistência, além de ter como característica principal a baixa absorção de água.

LIBERAÇÃO DO TRÁFEGO

A passagem de pessoas nos ambientes internos só deve acontecer depois de sete dias do processo de assentamento. Para o uso dos profissionais na obra, está liberado o tráfego (com os devidos cuidados) após 72 horas.

MANUTENÇÃO DAS PEÇAS

Um piso, parede ou qualquer outra superfície precisa de cuidados preventivos para que dure longos períodos e mantenha a boa aparência. No caso dos porcelanatos, a limpeza diária com água e detergente neutro é suficiente, já que produtos ácidos ou básicos podem danificar as peças. Esponjas e escovas abrasivas também devem ser evitadas.

Percebeu como assentar o porcelanato não é uma tarefa tão difícil quanto parece? Para ter sucesso, é fundamental respeitar a ordem correta das etapas e cumprir as especificações contidas nas embalagens dos produtos. Com a ajuda do passo a passo, você com certeza terá bons resultados nesse tipo de trabalho!

Se gostou deste post, entre em contato pelo site e verifique informações adicionais. Também não deixe de procurar uma das lojas da Portobello Shop para tirar dúvidas técnicas e conhecer os produtos de perto. Até mais!

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Contrapiso ou contra-piso??

Bom, todos sabemos que em janeiro de 2009 um novo acordo ortográfico foi feito e muitas coisas da língua portuguesa se modificaram. Uma das regras diz que há a necessidade de se usar hífen entre um prefixo e sua palavra quando a última letra do prefixo é igual à primeira letra da segunda palavra, ou então essa última comece por "h", como acontece em "contra-ataque" ou "contra-habitual".


Certo, mas então qual é o correto: contra-piso ou contrapiso? De acordo com a regra que acabamos de ver, apenas algumas palavras precisam da utilização do hífen, e o termo de nossa discussão NÃO se enquadra nas especificações. Portanto, o correto é CONTRAPISO. Isso mesmo, tudo junto!


Para quem não sabe, contrapiso é um capeamento feito de argamassa, com cerca de 3 cm de espessura que tem como objetivo nivelar a superfície do piso antes que o revestimento definitivo seja aplicado para que haja aderência e sua aplicação seja de qualidade.

Agora já sabem, né? CONTRAPISO está CORRETO, CONTRA-PISO está INCORRETO!!

 

Impermeabilização de fundações garante vida longa às estruturas

Por estarem expostos à umidade do solo, sapatas, radiers e baldrames precisam ser devidamente impermeabilizados. Sistemas rígidos e flexíveis podem ser utilizados

Durante a construção de uma edificação, impermeabilizar os elementos de fundação, como sapatas, radiers e vigas baldrames, é um cuidado importante para assegurar a salubridade e a durabilidade das estruturas. Ainda que não estejam expostos às intempéries, como ocorre com as lajes de cobertura, esses elementos de fundação ficam em contato permanente com a umidade do solo e, quando não tratados, conduzem a umidade por capilaridade para alvenarias e elementos estruturais.

As consequências são variadas e podem ir de destacamentos de revestimentos internos a danos estruturais mais severos. Uma patologia comum decorrente da falta de impermeabilização das fundações manifesta-se em paredes internas pintadas, principalmente nos andares inferiores. “Nesse caso, a tinta não suporta a pressão e a alcalinidade do substrato, provocando bolhas e saponificação, além do desenvolvimento de fungos e microrganismos prejudiciais à saúde”, explica o engenheiro Marcos Storte, consultor e especialista em impermeabilização de edificações.

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A impermeabilização dos elementos de fundação assegura salubridade e durabilidade das estruturas (Spok83 / Shutterstock.com)

PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Para evitar os problemas causados pela umidade, é importante a utilização de um sistema de impermeabilização compatível com a geometria das peças e com as características de cada obra, como condições de acesso e nível do lençol freático.

De acordo com a ABNT NBR 9574:2008 - Execução de impermeabilização – Procedimento e com a ABNT NBR 9575:2010 - Impermeabilização - Seleção e projeto, a escolha pelo sistema de impermeabilização deve ser precedida de um estudo preliminar para definir as áreas a serem tratadas e as alternativas de soluções impermeabilizantes. “Os sistemas que serão efetivamente adotados são definidos em um segundo momento, no projeto básico de impermeabilização”, comenta a engenheira Maria Amélia Adissy Silveira, consultora técnica do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).

PRODUTOS E TÉCNICAS

Entre os produtos mais utilizados para essa finalidade estão as emulsões asfálticas, os cimentos poliméricos, as mantas asfálticas e os aditivos impermeabilizantes para argamassas
Marcos Storte

A principal estratégia para impermeabilizar fundações é garantir estanqueidade na interface entre as fundações e as paredes. “Entre os produtos mais utilizados para essa finalidade estão as emulsões asfálticas, os cimentos poliméricos, as mantas asfálticas e os aditivos impermeabilizantes para argamassas”, cita Storte.

Em geral, para peças de pequenas dimensões ou com superfícies muito recortadas, os impermeabilizantes moldados in loco (aplicados como pintura com trincha) costumam apresentar melhor desempenho. Já elementos de grandes dimensões ou mais suscetíveis a fissurações costumam ser tratados com mantas asfálticas pré-fabricadas.

Em sapatas, é usual o capeamento com argamassa impermeável nas laterais e topo, seguida da aplicação de tinta asfáltica. Já os radiers, que costumam ser mais extensos, costumam receber sistemas de impermeabilização flexíveis, como as mantas asfálticas, que são capazes de acompanhar a movimentação. Usadas em obras com cargas pequenas sobre solo firme, a viga-baldrame costuma ter sua estanqueidade assegurada pela aplicação de argamassa impermeável.

Marcos Storte conta que, nos últimos anos, a indústria vem ampliando seu arsenal de soluções para dar estanqueidade às estruturas. “Entre os avanços, podemos destacar as emulsões asfálticas que agora podem ser enriquecidas com polímeros, os cimentos poliméricos produzidos por um número maior de fabricantes, e as mantas asfálticas que passaram a ser fornecidas também em versão autocolante ou previamente cortadas em diferentes larguras”, diz o consultor.

FALHAS DE EXECUÇÃO

Mas de pouco adianta dispor de uma oferta tão ampla e especificar o melhor produto, se a execução da impermeabilização for malfeita. “Por isso, a recomendação é recorrer sempre a aplicadores especializados, que tenham conhecimento do projeto de impermeabilização, sejam recomendados pelo fabricante do material e possuam equipe técnica compatível com o porte da obra, oferecendo garantia dos serviços executados”, destaca Silveira.

VOCÊ SABIA?

Impermeabilização corretiva custa até quatro vezes mais que a preventiva

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Erros de construção durante a concretagem

Erros de construção durante a concretagem no local podem ocorrer devido a inobservância dos procedimentos especificados e as boas práticas ou descuido total. A maioria desses erros podem não levar a insuficiência ou deterioração do concreto, mas podem ter um impacto adverso sobre a estrutura com o tempo.
Os erros de construção, que são susceptíveis de ocorrer no local com as medidas preventivas deles é discutido em detalhe abaixo. Esses erros ocorrem não só durante a construção nova, mas também pode acontecer durante a reforma ou reabilitação de obras.
erros de concretagem
1. A adição de água no concreto:  A água é geralmente adicionada ao concreto de um ou ambos dos seguintes casos:
Primeiro, a água é adicionada ao concreto num caminhão de entrega para acelerar o despejo e diminuir o derramamento ou esforço de colocação. Isto resultará um concreto com resistência e durabilidade reduzidaA medida que a relação água/cimento do concreto aumenta, a resistência e a durabilidade diminui.
No segundo caso, a água é adicionada durante o acabamento do elemento estrutural. Isto leva a descamação, a formação de fissuras esfarelamento do concreto.
2. Alinhamento impróprio das formas: O alinhamento impróprio das formas trará uma descontinuidades na superfície do concreto. Embora estas descontinuidades aconteçam em todas as circunstâncias, a sua ocorrência pode ser mais crítica em áreas que estão sujeitas a alta velocidade do fluxo de água, em que a erosão pela formação de cavidades pode ser induzida ou em câmaras de bloqueio (em canais) onde as o atrito das superfícies deve ser linear.
3. Consolidação ou  compactação inadequada do concreto: A compactação indevida do concreto pode resultar numa variedade de defeitossendo os mais comuns, buracos, fave o lamento e juntas frias.
Buracos (Bugholes) são formados quando pequenos bolsões de ar ou água ficam presos contra as formasUma mudança na mistura para torná-lo menos pegajoso” ou a utilização de pequenos vibradores trabalhando junto a formatem sido utilizado para ajudar a eliminar esses buracos.
Faveolamento (Honeycombing) pode ser reduzido pela inserção do vibrador com mais frequência, inserindo ele o mais próximo possível da forma,  sem tocar na forma e depois retirando de forma mais lenta. Obviamente, qualquer um ou todos estes defeitos tornam muito mais fácil para qualquer mecanismo causador de dano para iniciar a deterioração do concreto.
Frequentemente, o medo de sobre adensamento é usado para justificar a falta de esforço para a consolidação de concreto.
4. Cura inadequada: Cura é provavelmente o aspecto mais explorado no processo de construção do concreto. Se não for dado ao concreto o tempo suficiente para curar, a uma humidade e temperatura adequada, ele não desenvolverá as características que são esperadas e que são necessárias para proporcionar durabilidadeOs sintomas do concreto curado indevidamente podem incluir vários tipos de rachaduras na superfície e desintegração.
Em casos extremos, onde a má cura é usada para se conseguir vantagens antecipadas do concretagem poderão ocorrer rachaduras estruturais.
5. Localização inadequada da ferragemEsta seção refere-se a ferragem que está mal localizada ou não está devidamente colocada no local adequado.
Qualquer um destes defeitos podem levar a dois tipos gerais de problemas. Em primeiro lugar, o aço pode não funcionar estruturalmente como pretendido, resultando em rachaduras ou falha estruturalUm exemplo queparticularmente prevalecente é a colocação de rede de arame soldada em lajesEm muitos casos, a malha acaba nofundo da laje que, posteriormente racha pois o aço não está na posição adequadaO segundo tipo de problema é a durabilidade decorrente da má amarração ou má localização da ferragem. A tendência é a do aço ficar perto da superfície do concreto o que acarreta uma aceleração da corrosão do aço a medida que a cobertura de concreto é reduzida.
6. Movimentação das formas:  O Movimento da forma durante o período de tempo no qual o concreto vai de fluido arígido pode induzir rachaduras e separação no interior do concreto. Uma fenda aberta na superfície vai permitir o acesso de água ao interior do concreto. Um vazio interno pode dar origem a problemas de congelamento ou corrosão se o vazio torna-se saturado.
7. Remoção prematura do escoramento: Se as escoras ou o escoramento é removido antes do tempo, o concreto afetado pode tornar-se sobrecarregado e rachar podendo inclusive, levar a falhas bem maiores, em casos extremos.
8. Sedimentação do concreto:  Durante o período entre a colocação e a preparação inicial do concreto, os componentes mais pesados ​​do concreto vão se  assentar sob a influência da gravidade. Esta situação pode ser agravada pelo uso de concretos altamente fluidosSe houver alguma restrição que impeça essa correção, irão aparecer fendas ou separações. Estas fissuras ou separações também podem desenvolver problemas de corrosão ou congelamento se saturado.
9. Assentamento do aterro: Se houver qualquer assentamento do aterro durante o período em que o concreto começa a se tornar rígido, antes que ele ganhe força suficiente para suportar o seu próprio peso, rachaduras também podem ocorrer.
10. Vibração do concreto recém colocadoA maioria dos locais de construção são submetidos a vibração de várias fontes, tais como explosões, cravação de estacas e operação de equipamentos de construçãoConcreto recém colocado é vulnerável ao enfraquecimento de suas propriedades se sujeita a forças que perturbem a matriz de concreto durante a preparação.
11. Acabamentos inadequados no plano da superfície do concreto: Os procedimentos de acabamento impróprios mais comuns que são prejudiciais para a durabilidade da superfície de concreto são discutidos abaixo:
  • Adição de água na superfície: A evidência de que a água está a ser adicionada à superfície é a presença de uma grande escova, juntamente com outras ferramentas de acabamento. A escova é mergulhada em água e é “largada “sobre a superfície a ser terminada.
  • Momento do acabamento: As operações de acabamento final devem ser feitas depois que o concreto tenha adquirido a sua configuração inicial e o sangramento parado. O período de espera depende da quantidade de água, cimento e aditivos na mistura, mas principalmente da temperatura da superfície de concretoEm uma laje parcialmente sombreada, a parte em que o sol bate geralmente estará pronta antes da parte na sombra.
  • Adição de cimento à superfície: Esta prática é muitas vezes feita secando o sangramento para permitir o acabamento mais rápido e irá resultar em um revestimento de cimento fino que vai quebrar ou descamar com facilidade.
  • Uso de adulteraçãoA adulteração ou “jitterbug“ é desnecessariamente usada em muitos trabalhos.  Jitterbug é uma ferramenta usada quando se despeja o concreto para empurrar o cascalho no concreto para baixo a fim de evitar que ele interfira no processo de acabamento, tornando o trabalho mais fácil. Esta práticano entanto, cria uma camada superficial rica em argamassa de cimentoA jitterbug não deve ser permitida com uma mistura bem dimensionada. Se uma mistura dura tem que ser terminada, o uso criterioso de um jitterbug pode ser útil.
  • Juntas: A causa mais frequente de rachaduras no nivelamento do terreno é o espaçamento incorreto e localização das juntas.
Concretagem