quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Erros de construção durante a concretagem

Erros de construção durante a concretagem no local podem ocorrer devido a inobservância dos procedimentos especificados e as boas práticas ou descuido total. A maioria desses erros podem não levar a insuficiência ou deterioração do concreto, mas podem ter um impacto adverso sobre a estrutura com o tempo.
Os erros de construção, que são susceptíveis de ocorrer no local com as medidas preventivas deles é discutido em detalhe abaixo. Esses erros ocorrem não só durante a construção nova, mas também pode acontecer durante a reforma ou reabilitação de obras.
erros de concretagem
1. A adição de água no concreto:  A água é geralmente adicionada ao concreto de um ou ambos dos seguintes casos:
Primeiro, a água é adicionada ao concreto num caminhão de entrega para acelerar o despejo e diminuir o derramamento ou esforço de colocação. Isto resultará um concreto com resistência e durabilidade reduzidaA medida que a relação água/cimento do concreto aumenta, a resistência e a durabilidade diminui.
No segundo caso, a água é adicionada durante o acabamento do elemento estrutural. Isto leva a descamação, a formação de fissuras esfarelamento do concreto.
2. Alinhamento impróprio das formas: O alinhamento impróprio das formas trará uma descontinuidades na superfície do concreto. Embora estas descontinuidades aconteçam em todas as circunstâncias, a sua ocorrência pode ser mais crítica em áreas que estão sujeitas a alta velocidade do fluxo de água, em que a erosão pela formação de cavidades pode ser induzida ou em câmaras de bloqueio (em canais) onde as o atrito das superfícies deve ser linear.
3. Consolidação ou  compactação inadequada do concreto: A compactação indevida do concreto pode resultar numa variedade de defeitossendo os mais comuns, buracos, fave o lamento e juntas frias.
Buracos (Bugholes) são formados quando pequenos bolsões de ar ou água ficam presos contra as formasUma mudança na mistura para torná-lo menos pegajoso” ou a utilização de pequenos vibradores trabalhando junto a formatem sido utilizado para ajudar a eliminar esses buracos.
Faveolamento (Honeycombing) pode ser reduzido pela inserção do vibrador com mais frequência, inserindo ele o mais próximo possível da forma,  sem tocar na forma e depois retirando de forma mais lenta. Obviamente, qualquer um ou todos estes defeitos tornam muito mais fácil para qualquer mecanismo causador de dano para iniciar a deterioração do concreto.
Frequentemente, o medo de sobre adensamento é usado para justificar a falta de esforço para a consolidação de concreto.
4. Cura inadequada: Cura é provavelmente o aspecto mais explorado no processo de construção do concreto. Se não for dado ao concreto o tempo suficiente para curar, a uma humidade e temperatura adequada, ele não desenvolverá as características que são esperadas e que são necessárias para proporcionar durabilidadeOs sintomas do concreto curado indevidamente podem incluir vários tipos de rachaduras na superfície e desintegração.
Em casos extremos, onde a má cura é usada para se conseguir vantagens antecipadas do concretagem poderão ocorrer rachaduras estruturais.
5. Localização inadequada da ferragemEsta seção refere-se a ferragem que está mal localizada ou não está devidamente colocada no local adequado.
Qualquer um destes defeitos podem levar a dois tipos gerais de problemas. Em primeiro lugar, o aço pode não funcionar estruturalmente como pretendido, resultando em rachaduras ou falha estruturalUm exemplo queparticularmente prevalecente é a colocação de rede de arame soldada em lajesEm muitos casos, a malha acaba nofundo da laje que, posteriormente racha pois o aço não está na posição adequadaO segundo tipo de problema é a durabilidade decorrente da má amarração ou má localização da ferragem. A tendência é a do aço ficar perto da superfície do concreto o que acarreta uma aceleração da corrosão do aço a medida que a cobertura de concreto é reduzida.
6. Movimentação das formas:  O Movimento da forma durante o período de tempo no qual o concreto vai de fluido arígido pode induzir rachaduras e separação no interior do concreto. Uma fenda aberta na superfície vai permitir o acesso de água ao interior do concreto. Um vazio interno pode dar origem a problemas de congelamento ou corrosão se o vazio torna-se saturado.
7. Remoção prematura do escoramento: Se as escoras ou o escoramento é removido antes do tempo, o concreto afetado pode tornar-se sobrecarregado e rachar podendo inclusive, levar a falhas bem maiores, em casos extremos.
8. Sedimentação do concreto:  Durante o período entre a colocação e a preparação inicial do concreto, os componentes mais pesados ​​do concreto vão se  assentar sob a influência da gravidade. Esta situação pode ser agravada pelo uso de concretos altamente fluidosSe houver alguma restrição que impeça essa correção, irão aparecer fendas ou separações. Estas fissuras ou separações também podem desenvolver problemas de corrosão ou congelamento se saturado.
9. Assentamento do aterro: Se houver qualquer assentamento do aterro durante o período em que o concreto começa a se tornar rígido, antes que ele ganhe força suficiente para suportar o seu próprio peso, rachaduras também podem ocorrer.
10. Vibração do concreto recém colocadoA maioria dos locais de construção são submetidos a vibração de várias fontes, tais como explosões, cravação de estacas e operação de equipamentos de construçãoConcreto recém colocado é vulnerável ao enfraquecimento de suas propriedades se sujeita a forças que perturbem a matriz de concreto durante a preparação.
11. Acabamentos inadequados no plano da superfície do concreto: Os procedimentos de acabamento impróprios mais comuns que são prejudiciais para a durabilidade da superfície de concreto são discutidos abaixo:
  • Adição de água na superfície: A evidência de que a água está a ser adicionada à superfície é a presença de uma grande escova, juntamente com outras ferramentas de acabamento. A escova é mergulhada em água e é “largada “sobre a superfície a ser terminada.
  • Momento do acabamento: As operações de acabamento final devem ser feitas depois que o concreto tenha adquirido a sua configuração inicial e o sangramento parado. O período de espera depende da quantidade de água, cimento e aditivos na mistura, mas principalmente da temperatura da superfície de concretoEm uma laje parcialmente sombreada, a parte em que o sol bate geralmente estará pronta antes da parte na sombra.
  • Adição de cimento à superfície: Esta prática é muitas vezes feita secando o sangramento para permitir o acabamento mais rápido e irá resultar em um revestimento de cimento fino que vai quebrar ou descamar com facilidade.
  • Uso de adulteraçãoA adulteração ou “jitterbug“ é desnecessariamente usada em muitos trabalhos.  Jitterbug é uma ferramenta usada quando se despeja o concreto para empurrar o cascalho no concreto para baixo a fim de evitar que ele interfira no processo de acabamento, tornando o trabalho mais fácil. Esta práticano entanto, cria uma camada superficial rica em argamassa de cimentoA jitterbug não deve ser permitida com uma mistura bem dimensionada. Se uma mistura dura tem que ser terminada, o uso criterioso de um jitterbug pode ser útil.
  • Juntas: A causa mais frequente de rachaduras no nivelamento do terreno é o espaçamento incorreto e localização das juntas.
Concretagem

Dezesseis principais riscos em um canteiro de obras.

Um canteiro de obras oferece sempre muito perigo para os seus operários, por estar justamente em construção e não ter os aparatos necessários para a segurança que serão oferecidos após seu término. Apresentamos 16 desses principais riscos e como cada caso deve ser tratado e como deve-se estar sempre prevenido contra qualquer imprevisto.
1) Fogo – O fogo é algo devastador e deve ter muito cuidado para que ele não aconteça. O portal do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) posta oficialmente em seu site a recomendação: “18.29.4 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.”, e recomenda também que não haja acúmulo de lixo seco que poderá acarretar em um incêndio.
2) Andaimes sem segurança – O uso dos andaimes é bem frequente na construção civil, e por isso, deve-se seguir uma série de recomendações de segurança. 1) Os equipamentos devem ser corretamente instalados, sem artifícios eu facilitem o mesmo. 2) Antes da utilização, uma pessoa competente e que entenda faça a verificação das instalações. 3) O andaime deve ter todas as porcas e parafusos muito bem apertados e ter boa qualidade, afim de não se romper. 4) Na hora da montagem/desmontagem é de extrema importância que não haja ninguém embaixo devido o perigo de que caia alguma peça, e tudo com muito cuidado. 5) Os andaimes devem ter seus suportes nivelados e em superfícies planas que apresentem assentamento suficiente. 6) As plataformas devem ser robustas e livres de obstruções. 7) No caso de andaimes de rodas, o deslocamento deve ser feito lentamente e ninguém pode estar em cima do mesmo. 8) Montar andaimes metálicos a, no mínimo, 5 metros de distância de instalações elétricas. 9) Os operários devem estar devidamente equipados com seus cintos de segurança, esses longe de materiais cortantes e eles devem ser treinados para esse tipo de trabalho.

Andaimes em obras

3) Plataformas de trabalho sem segurança – Todas as plataformas de trabalho devem ser devidamente equipadas com ferramentas que garantam a segurança do trabalhador. Algumas devem ter porta-copos e todas devem ter selo de reconhecimento do fabricante e número de série, de acordo com a especificação do TEM.
4) Poços/Beiradas abertas – Qualquer vão que possa acarretar algum perigo deve ser tapado com estruturas firmes que suportem objetos e uma pessoa, como corrimões, telas específicas, grades de proteção ou apenas tábuas, desde que bem postas.

 Proteção em vão

5) Equipamento elétrico e cabos sem segurança – Todas as instalações elétricas temporárias devem ter medidas de precaução. Os fios devem ser encapados, com qualquer parte viva isolada, e a caixa de fios preferencialmente localizada distante de locais de passagem. Os funcionários devem estar sempre com botina sem componentes metálicos, uma luva isolante e ainda, por cima dela, uma luva de cobertura em vaqueta, que protegerá a de isolamento.

Fios em segurança

6) Escavações sem segurança – Qualquer tipo de escavação deve ser fiscalizada e feita de acordo com as recomendações: 1) Em caso de risco aparente de deslizamento, interromper o trabalho e tomar as providencias necessárias. 2) Fazer um estudo minucioso, antes do início das obras, das condições geológicas do terreno, considerando humidade da terra e o clima, além da possibilidade de chuvas, que poderia acarretar em deslizamentos.
7) Plataforma de carga sem segurança – Plataformas de carga devem ser equipadas com redes e grades que não possibilitem o deslize do material transportado. Ele deve estar amarrado, imóvel e organizado e disponibilizado na plataforma para que haja equilíbrio.
8) Atingidos por corpos estranhos – Com a possibilidade de corpos estranhos atingirem os trabalhadores, todos devem estar devidamente equipados com roupas longas e luvas para evitar cortes e queimaduras.

capacete

9) Queda de objetos – Para evitar ferimentos pela queda de objetos, que pode acontecer a qualquer momento caso as especificações técnicas para vãos e plataformas não sejam cumpridas, os operários devem estar de botinas, que protegem os pés, e de capacete específico que protege o sistema central do corpo humano ao amortecer a queda.
10) Escoramento do estrutural sem segurança – Todo o cuidado é pouco para o escoramento. Deve-se ser feito um estudo do terreno, e caso não esteja propício, as escoras poderão ser colocadas sobre ele, caso contrário, é necessária uma base plana. Em possíveis casos de inundação, as escoras devem ter espaçamento grande para que a água passe entre elas. Caso a água fique retida, pode derrubar a estrutura. É necessária uma vistoria periódica para manter o alinhamento do projeto. Construções específicas, como em beiradas de estrada, devem seguir regras mais específicas.
11) Empilhadeiras sobrecarregadas – Primeiramente, o carro deve ter alguns itens checados, como óleo do motor, água no carburador, pneus, freio, etc.. Após tudo certo e um possível carregamento, o motorista deve garantir que a carga não afetará sua visão e que o peso não será maior do que o suportado, o que poderia acarretar num tombamento e machucar motorista, pessoas próximas e danificar a carga e a própria máquina.
12) Guindastes sem segurança – O guindaste só pode ser operado por pessoas treinadas e permitidas. Deve-se, antes de sua utilização, olhar a situação do painel de controle. Todos os botões devem estar rotulados e em perfeitas condições. Deve-se estar sempre atento à ruídos incomuns e parafusos soltos, além da situação do pneu e de toda a parte externa. O gancho, além de tudo, os cabos e o bloco do guindaste devem estar na mais perfeita ordem, pois são os itens que suportarão maior peso. Depois de tudo isso ser monitorado, poderá ser feita a utilização do mesmo.
13) Operação de elevação sem segurança – Todos os suportes devem ser feitos antes de qualquer elevação. Teste dos cabos, monitoramento de botões e de parafusos, deve estar tudo amarrado e bem seguro e a elevação deve ser feita com cuidado e devagar. Não é permitido funcionários serem elevados junto com a carga e tampouco ficar abaixo dela, esteja parada ou em movimento, evitando ferimentos.

Elevação sem segurança

14) Trabalho em alturas sem segurança – Toda e qualquer ação às alturas deve ser bem monitorada. Os operários devem estar com cadeirinhas e cabos de segurança específicos e em bom estado.
15) Uso de maquinas sem proteção – Os operadores devem utilizar o suporte necessário para o manejo das máquinas. Luvas apropriadas com capas de revestimento, óculos protetores, capacete e as máquinas devem estar em perfeitas condições de manuseio. Qualquer máquina deve ser operada por alguém que saiba como fazê-lo.
16) Acessos inseguros – Os funcionários de uma obra devem ter em mente que qualquer dano causado pode ser irreparável e que o momento no canteiro de obras requer escolhas corretas. Os acessos devem ser em locais próprios e com os equipamentos adequados para qualquer situação. Acesso de diferentes pavimentos saltando entre vãos e passar por tubos são meios perigosos que devem ser evitados. Escadas e passarelas devem estar de acordo com as recomendações, evitando o perigo.

16 principais riscos na obra
Tradução e adaptação: arq. José Eduardo Rendeiro

Tomada de 3 pinos, o “Novo” padrão.

Apesar de não ser mais novidade, muita gente ainda não entende como funciona este padrão e por qual motivo ele foi criado. Vamos aos esclarecimentos?
Antigamente, podíamos encontrar vários tipos de plugues e tomadas nas lojas. Parecia que não havia um padrão. Com a criação do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas, o nosso mercado passou a comercializar apenas dois modelos de plugues e tomadas – dois ou três pinos redondos e as tomadas três orifícios de 4 mm ou 4,8 mm. De acordo com o Inmetro, esse padrão foi criado para garantir mais segurança ao consumidor, diminuindo a possibilidade de choques elétricos, incêndios e mortes.
Basic CMYK
Adaptações: 
Com a aplicação das novas tomadas, os pinos chatos  passaram a não existir, permanecendo apenas os terminais redondos. Também atualmente é proibida a fabricação dos benjamins com pinos achatados (comumente chamados de “T” por conta do formato).
Para casar novos aparelhos às tomadas de dois pinos,especialistas do Inmetro recomendam não utilizar adaptadores, pois nem todos são seguros contra choques.  O ideal é trocar tomadas e até mesmo plugues de aparelhos comprados no exterior. 
Como funciona: 
Os plugues de três pinos são utilizados em aparelhos que necessitam de aterramento (como: ar-condicionado, refrigeradores, computadores, etc.), uma vez que o terceiro pino realiza a ligação com o fio terra, evitando que o consumidor sofra um choque elétrico ao ligar aparelhos que estejam em curto-circuito. Mas esse pino só terá essa função se a edificação for aterrada – desde 2006, a lei federal nº 11.337 obriga todas as novas construções a ter aterramento nas instalações elétricas.
O aterramento consiste em uma fiação, geralmente verde (ou verde e amarela), que percorre todas as tomadas de sua casa, e depois é ligado ao chão. A ligação com a terra é realizada por meio de uma ligação dessa fiação a uma haste metálica, geralmente de cobre, que fica instalada dentro de uma caixa de inspeção e espetada na terra. Dependendo do tipo de solo, essa haste pode ter de ser enterrada com mais ou menos profundidade, para garantir que haja a ligação correta do terra.
Além disso, há a necessidade de se inverter os fios fase e neutro, nas novas tomadas.
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No novo padrão de tomadas com três pinos, a fase e o neutro ficam invertidos em relação ao padrão anterior e muitos eletricistas se enganam na hora de trocar a tomada.
Os aparelhos que usam tomadas de três pinos geralmente são sensíveis e muitas vezes queimam ou passam a dar choque, com a inversão da fase com o neutro.
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As diferenças entre as novas tomadas:
De acordo com o padrão, há duas configurações para plugues e para as tomadas. Plugues com o diâmetro mais fino (4 mm), para aparelhos com corrente nominal de até 10 ampères (aparelhos eletrônicos de médio e pequeno porte) e os plugues mais grossos (4,8 mm) , para equipamentos que operam em até 20 ampères. Essa distinção se fez necessária para garantir a segurança dos consumidores, pois evita a ligação de equipamentos de maior potência (geladeiras, freezers, fogões e outros equipamentos que possam usar 220v) em um ponto não especialmente projetado para essa ação. Além disso, é fonte de economia, pois só equipamentos que consomem mais necessitariam de uma tomada mais robusta, portanto mais cara.
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Acidentes domésticos, provenientes do uso (incorreto) dos vários padrões.
Nos últimos dez anos, o DataSUS registrou 13.776 internações com 379 óbitos e mais 15.418 mortes imediatas decorrentes de acidentes relativos à exposição a correntes elétricas em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além disso, dentre os acidentados, o choque elétrico é a terceira maior causa de morte infantil.
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Meme da internet:
Há um tempo rola nas páginas da internet, uma pergunta do povo brasileiro, inconformado:
Sem título
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Engenheiro Elétrico ou Engenheiro Eletricista???

Bom, sabemos que MUITA, mas muita gente sai por ai falando que tem que procurar um "Engenheiro Elétrico", ou que quer ser um desses algum dia. Até então, para quem também não sabe, passa despercebido, mas para o profissional da área fica todo aquele sentimento de angústia e aquela vontade de gritar "Engenheiro Elétrico NÃO, sou um Engenheiro ELETRICISTA!!". Isso mesmo, o correto, mesmo que soe um pouco mais estranho do que deveria, é Engenheiro Eletricista.



O que causa o desconforto é como a palavra "elétrico" é vista literalmente... As pessoas sentem que tal palavra atribui a elas uma característica da 'possibilidade de dar choque', o que é correto por um lado, mas para TUDO há contradições, não é? Algumas pessoas dizem que não faz diferença, logo que outros profissionais são atribuídos justamente como Engenheiros Mecânicos ou Engenheiros Eletrônicos. Um artigo publicado pela Revista Veja utiliza a mesma linha de pensamento e cita exemplos que também seriam estranhos se fossem levados tão a sério como no caso da Engenharia Elétrica:


"Na mesma linha, acrescente-se que, a não ser em casos de literalismo terminal, não passa pela cabeça de ninguém que o gerente financeiro seja feito de cifrõeso físico nuclear seja radioativo, oprogramador visual precise se vestir de forma chamativa (embora muitas vezes o faça), o jornalista esportivo seja um atleta e o guarda florestal corra risco de desmatamento."



Por fim, o objetivo não é criar um movimento para modificar a ideia das pessoas a respeito da atribuição de alguém que recebe o diploma de Engenharia Elétrica, e sim mostrar a maneira correta de tratá-los: procure por um Engenheiro Eletricista, e não por um elétrico!

Usucapião ou Usocapião??

O correto é usucapião, mas eu ficava em dúvida se usava “o usucapião” ou “a usucapião” e somente agora pouco eu descobri que ele é um substantivo comum de dois gêneros, dessa forma admite o artigo masculino e o feminino.
O primeiro contato que tive com esta palavra foi durante uma conversa com um cliente que estava comprando um apartamento, ele relatou que adquiriu o imóvel anterior por meio de usucapião.

Obviamente, não perguntei o que significava. Não foi por vergonha, mas por achar que esta palavra significava algum “beneficio”.


Não é um benefício, mas já pensou em ter um imóvel só por ter tomado posse por um longo tempo?

Talvez isso seja o caso de muitas pessoas, mas são poucas que conhecem a usucapião.

Ela é um direito ou uma forma de adquirir a propriedade sobre um bem imóvel. Qualquer imóvel que não seja bem público pode ser adquirido.

Se uma pessoa usa um certo “bem imóvel” como se fosse dono por um determinado período de tempo, esta pessoa pode adquirir a propriedade deste imóvel.




A população deveria ser informada sobre este direito, pois muitas pessoas são proprietárias dos imóveis (adquirido por meio de usucapião) e não sabem.

Lambril, lambri ou lambrim?

Como a nossa Língua Portuguesa não é nada fácil, constantemente nos deparamos com situações complicadas, fazendo com que fiquemos em dúvida no emprego correto de algumas palavras.

A dúvida de hoje é: lambril, lambri ou lambrim? Aposto como já riu do "lambrim", não é??

Por definição, as três palavras possuem o mesmo significado: revestimento de madeira, mármore, azulejo, alumínio e outros materiais, podendo ser à meia altura ou até parede inteira.

Lambri de madeira

Entre os arquitetos, esse termo é mais usado para descrever revestimentos de madeira nas paredes e até mesmo como acabamento nos telhados, escondendo a tubulação de águas pluviais

Lambri de madeira em corte

As três palavras são originadas do francês lambris, sendo, portanto, correto o emprego das três formas: lambril, lambri ou lambrim. Se duvida, procure no seu dicionário. 

Contrapiso ou contra-piso??

Bom, todos sabemos que em janeiro de 2009 um novo acordo ortográfico foi feito e muitas coisas da língua portuguesa se modificaram. Uma das regras diz que há a necessidade de se usar hífen entre um prefixo e sua palavra quando a última letra do prefixo é igual à primeira letra da segunda palavra, ou então essa última comece por "h", como acontece em "contra-ataque" ou "contra-habitual".


Certo, mas então qual é o correto: contra-piso ou contrapiso? De acordo com a regra que acabamos de ver, apenas algumas palavras precisam da utilização do hífen, e o termo de nossa discussão NÃO se enquadra nas especificações. Portanto, o correto é CONTRAPISO. Isso mesmo, tudo junto!


Para quem não sabe, contrapiso é um capeamento feito de argamassa, com cerca de 3 cm de espessura que tem como objetivo nivelar a superfície do piso antes que o revestimento definitivo seja aplicado para que haja aderência e sua aplicação seja de qualidade.

Agora já sabem, né? CONTRAPISO está CORRETO, CONTRA-PISO está INCORRETO!!

Anteprojeto, ante-projeto, antiprojeto ou anti-projeto??

Primeiramente, vamos analisar os prefixos:

Ante - ideia de anterioridade, aquilo que vem antes.

Anti - ideia de contrariedade.

Assim, como nenhum arquiteto, engenheiro ou projetista fará algo "contra" o projeto, já podemos descartar o prefixo "anti".

E agora?? Com ou sem hífen?? Anteprojeto ou ante-projeto?? Com os prefixos ANTE, ANTI E ARQUI, só podemos usar hífen se a palavra seguinte começar com "h", "r" ou "s" como, por exemplo: anti-horário, arqui-rival e ante-sala.

Portanto, o correto é: ANTEPROJETO!!

E o que seria um anteprojeto?? 

De acordo com a NBR 6492 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994),anteprojeto é a fase da "definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos, considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc>). Nesta etapa, o projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgão envolvidos e possibilitar a contratação da obra."

(Fonte da imagem: eng. Antonio Scheffer)

Durante o anteprojeto, geralmente desenvolvemos os seguintes documentos: 

- situação; 
- plantas, cortes e fachadas; 
- memorial justificativo, abrangendo aspectos construtivos;
- discriminação técnica;
- quadro geral de acabamentos;
- documentos para aprovação em órgãos públicos;
- lista preliminar de materiais.

Em alguns projetos, é também nesta fase, que solicitamos um custo estimado da obra para a construtora ou empreiteiro a fim de ajustar o projeto às possibilidades financeiras do cliente. 

É claro que os documentos entregues durante a fase de anteprojeto variam de um escritório para outro. Eu já trabalhei em um escritório que, do estudo preliminar partíamos direto para o projeto executivo, pulando o anteprojeto. Mas, como disse, isso varia de escritório para escritório, de projeto para projeto.

Então, lembre-se: na hora de entregar o próximo anteprojeto para o professor ou cliente, nada de hífen!!!

Até a próxima!!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diferenças entre restaurar e reformar

Restauro é uma intervenção feita sobre um bem histórico, visando manter sua identidade, seus aspectos característicos de época e sua autenticidade, para que futuras gerações tenham acesso ao estilo cultural histórico com o máximo possível de sua identidade original.
Quando se faz um trabalho de restauro é necessário restabelecer o mais próximo possível a obra original, porém sem cometer um falso histórico (quando uma obra tem características históricas, se faz passar por antiga, porém é um edifício novo, muitas vezes imitando o estilo original do artista), também é importante que se deixem transparecer os traços do tempo sobre a obra, lhe conferindo identidade temporal.
Também é importante manter a função original da obra e é é fundamental que se busque fazer uma assimilação com os materiais e estilos construtivos originais da edificação, para que se tenha assegurado o seu valor histórico. Para se adequar as especificidades da construção, são necessários estudos para analisar as técnicas originalmente empregadas na obra. O uso de novas técnicas e tecnologias é possível em uma restauração, desde que se mantenham os elementos de acordo com a identidade cultural do patrimônio.
Em geral quando um patrimônio necessita de alguma intervenção, é fundamental que a mesma se restrinja especificamente ao necessário. É importante que se possa notar que tal mudança foi realizada, a fim de que não seja confundida com a obra original, porém não pode interferir na harmonia de sua estética. As intervenções realizadas devem ser reversíveis.

Restauro x reforma
Muitas pessoas não sabem a diferença entre reforma e restauro, então ai vai uma pequena explicação para quem quiser aprender a diferenciar os dois:

Restauro
Restauro

Na restauração, devemos preservar as características fundamentais que identifiquem o edifício, que marcam a sua época e o seu estilo construtivo, como foi explicado anteriormente, deve-se atentar a fazer o mínimo de mudanças possíveis, e as que forem inevitáveis deverão apresentar o caráter reversível. Na restauração de casas é usual se trocar a fiação elétrica e a parte hidráulica, por desgaste do tempo, lembrando que esses itens específicos nada tem haver com a estética do edifício, que deve se manter idêntica a original, principalmente na fachada.

Reforma
Reforma

Já na reforma, você pode aproveitar as partes da casa que mais lhe agradem, sem alterá-las e modificar apenas aquilo que você achar que merece um ar mais contemporâneo, portanto na reforma não é obrigatório que as mudanças sejam reversíveis e nem é necessário se utilizar de técnicas especificas de conservação. Lembrando que é sempre bom estar atento às reformas fazendo análises dos pontos estruturais que não devem ser alterados por questões de segurança.

Pra fazer arquitetura precisa ser bom em matemática?



matematica

O curso de arquitetura realmente tem uma carga grande de disciplinas relacionadas à matemática, posto que o arquiteto deve dominar conhecimentos como cálculos estruturais, por exemplo.
Quando falamos de arquitetura, as pessoas logo perguntam: “Tem calculo demais né?”. Na verdade não. Os engenheiros têm seu curso estruturado em cálculos. Assustadores, eu imagino. Os arquitetos aprendem o necessário para pensarem nas estruturas dos seus projetos, nas quantidades de degraus que deve ter uma escada, tamanhos de elevadores, inclinações de rampas, distâncias confortáveis entre mesas de escritórios e vários outros. Alguns cálculos são complicados, como as reações internas das vigas ou os de resistência dos materiais nas estruturas dos projetos.
matematica-arquitetura
A grande maioria deles, quando praticados, tornam-se simples. Sempre digo que os cálculos arquitetônicos exigem mais atenção que matemática. Quem aprendeu o Teorema de Pitágoras, equações de 1º e 2º grau, geometria plana e espacial na escola, está preparado para começar o curso de arquitetura. E ainda pensávamos naquela época: “nunca mais vou usar isso”. Ah, doce ilusão.
O universo da arquitetura é fascinante. Nunca tive dúvidas de que era isso que queria seguir. Se tiveres vocação, talento ou apenas vontade de conhecer este mundo, não leve em consideração sua facilidade em matemática ou desenho. Com um pouco mais de dedicação, dá para acompanhar os que nasceram com esta facilidade.
Na maioria dos cursos as pessoas se deparam com alguns obstáculos, assim como alguns conteúdos com os quais tem mais dificuldades de lidar. É necessário lembrar que eles serão estudados durante o curso, mas com persistência e esforço é completamente possível superar qualquer dificuldade.
matematica-calculo
Procure conhecer bem o curso de arquitetura e urbanismo. Pesquise as disciplinas que compõem sua grade curricular. Algumas faculdades até disponibilizam na internet os conteúdos abordados em cada uma delas.
O cálculo é usado na faculdade, mas na profissão você poderá usar softwares que realizem alguns desses para você. Esses conhecimentos básicos são extremamente necessários para saber detalhes da viabilidade de uma obra e para ter o domínio do assunto ao conversar com os engenheiros e mestres de obras.