segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Engenheiro Elétrico ou Engenheiro Eletricista???

Bom, sabemos que MUITA, mas muita gente sai por ai falando que tem que procurar um "Engenheiro Elétrico", ou que quer ser um desses algum dia. Até então, para quem também não sabe, passa despercebido, mas para o profissional da área fica todo aquele sentimento de angústia e aquela vontade de gritar "Engenheiro Elétrico NÃO, sou um Engenheiro ELETRICISTA!!". Isso mesmo, o correto, mesmo que soe um pouco mais estranho do que deveria, é Engenheiro Eletricista.



O que causa o desconforto é como a palavra "elétrico" é vista literalmente... As pessoas sentem que tal palavra atribui a elas uma característica da 'possibilidade de dar choque', o que é correto por um lado, mas para TUDO há contradições, não é? Algumas pessoas dizem que não faz diferença, logo que outros profissionais são atribuídos justamente como Engenheiros Mecânicos ou Engenheiros Eletrônicos. Um artigo publicado pela Revista Veja utiliza a mesma linha de pensamento e cita exemplos que também seriam estranhos se fossem levados tão a sério como no caso da Engenharia Elétrica:


"Na mesma linha, acrescente-se que, a não ser em casos de literalismo terminal, não passa pela cabeça de ninguém que o gerente financeiro seja feito de cifrõeso físico nuclear seja radioativo, oprogramador visual precise se vestir de forma chamativa (embora muitas vezes o faça), o jornalista esportivo seja um atleta e o guarda florestal corra risco de desmatamento."



Por fim, o objetivo não é criar um movimento para modificar a ideia das pessoas a respeito da atribuição de alguém que recebe o diploma de Engenharia Elétrica, e sim mostrar a maneira correta de tratá-los: procure por um Engenheiro Eletricista, e não por um elétrico!

Usucapião ou Usocapião??

O correto é usucapião, mas eu ficava em dúvida se usava “o usucapião” ou “a usucapião” e somente agora pouco eu descobri que ele é um substantivo comum de dois gêneros, dessa forma admite o artigo masculino e o feminino.
O primeiro contato que tive com esta palavra foi durante uma conversa com um cliente que estava comprando um apartamento, ele relatou que adquiriu o imóvel anterior por meio de usucapião.

Obviamente, não perguntei o que significava. Não foi por vergonha, mas por achar que esta palavra significava algum “beneficio”.


Não é um benefício, mas já pensou em ter um imóvel só por ter tomado posse por um longo tempo?

Talvez isso seja o caso de muitas pessoas, mas são poucas que conhecem a usucapião.

Ela é um direito ou uma forma de adquirir a propriedade sobre um bem imóvel. Qualquer imóvel que não seja bem público pode ser adquirido.

Se uma pessoa usa um certo “bem imóvel” como se fosse dono por um determinado período de tempo, esta pessoa pode adquirir a propriedade deste imóvel.




A população deveria ser informada sobre este direito, pois muitas pessoas são proprietárias dos imóveis (adquirido por meio de usucapião) e não sabem.

Lambril, lambri ou lambrim?

Como a nossa Língua Portuguesa não é nada fácil, constantemente nos deparamos com situações complicadas, fazendo com que fiquemos em dúvida no emprego correto de algumas palavras.

A dúvida de hoje é: lambril, lambri ou lambrim? Aposto como já riu do "lambrim", não é??

Por definição, as três palavras possuem o mesmo significado: revestimento de madeira, mármore, azulejo, alumínio e outros materiais, podendo ser à meia altura ou até parede inteira.

Lambri de madeira

Entre os arquitetos, esse termo é mais usado para descrever revestimentos de madeira nas paredes e até mesmo como acabamento nos telhados, escondendo a tubulação de águas pluviais

Lambri de madeira em corte

As três palavras são originadas do francês lambris, sendo, portanto, correto o emprego das três formas: lambril, lambri ou lambrim. Se duvida, procure no seu dicionário. 

Contrapiso ou contra-piso??

Bom, todos sabemos que em janeiro de 2009 um novo acordo ortográfico foi feito e muitas coisas da língua portuguesa se modificaram. Uma das regras diz que há a necessidade de se usar hífen entre um prefixo e sua palavra quando a última letra do prefixo é igual à primeira letra da segunda palavra, ou então essa última comece por "h", como acontece em "contra-ataque" ou "contra-habitual".


Certo, mas então qual é o correto: contra-piso ou contrapiso? De acordo com a regra que acabamos de ver, apenas algumas palavras precisam da utilização do hífen, e o termo de nossa discussão NÃO se enquadra nas especificações. Portanto, o correto é CONTRAPISO. Isso mesmo, tudo junto!


Para quem não sabe, contrapiso é um capeamento feito de argamassa, com cerca de 3 cm de espessura que tem como objetivo nivelar a superfície do piso antes que o revestimento definitivo seja aplicado para que haja aderência e sua aplicação seja de qualidade.

Agora já sabem, né? CONTRAPISO está CORRETO, CONTRA-PISO está INCORRETO!!

Anteprojeto, ante-projeto, antiprojeto ou anti-projeto??

Primeiramente, vamos analisar os prefixos:

Ante - ideia de anterioridade, aquilo que vem antes.

Anti - ideia de contrariedade.

Assim, como nenhum arquiteto, engenheiro ou projetista fará algo "contra" o projeto, já podemos descartar o prefixo "anti".

E agora?? Com ou sem hífen?? Anteprojeto ou ante-projeto?? Com os prefixos ANTE, ANTI E ARQUI, só podemos usar hífen se a palavra seguinte começar com "h", "r" ou "s" como, por exemplo: anti-horário, arqui-rival e ante-sala.

Portanto, o correto é: ANTEPROJETO!!

E o que seria um anteprojeto?? 

De acordo com a NBR 6492 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994),anteprojeto é a fase da "definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos, considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc>). Nesta etapa, o projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgão envolvidos e possibilitar a contratação da obra."

(Fonte da imagem: eng. Antonio Scheffer)

Durante o anteprojeto, geralmente desenvolvemos os seguintes documentos: 

- situação; 
- plantas, cortes e fachadas; 
- memorial justificativo, abrangendo aspectos construtivos;
- discriminação técnica;
- quadro geral de acabamentos;
- documentos para aprovação em órgãos públicos;
- lista preliminar de materiais.

Em alguns projetos, é também nesta fase, que solicitamos um custo estimado da obra para a construtora ou empreiteiro a fim de ajustar o projeto às possibilidades financeiras do cliente. 

É claro que os documentos entregues durante a fase de anteprojeto variam de um escritório para outro. Eu já trabalhei em um escritório que, do estudo preliminar partíamos direto para o projeto executivo, pulando o anteprojeto. Mas, como disse, isso varia de escritório para escritório, de projeto para projeto.

Então, lembre-se: na hora de entregar o próximo anteprojeto para o professor ou cliente, nada de hífen!!!

Até a próxima!!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diferenças entre restaurar e reformar

Restauro é uma intervenção feita sobre um bem histórico, visando manter sua identidade, seus aspectos característicos de época e sua autenticidade, para que futuras gerações tenham acesso ao estilo cultural histórico com o máximo possível de sua identidade original.
Quando se faz um trabalho de restauro é necessário restabelecer o mais próximo possível a obra original, porém sem cometer um falso histórico (quando uma obra tem características históricas, se faz passar por antiga, porém é um edifício novo, muitas vezes imitando o estilo original do artista), também é importante que se deixem transparecer os traços do tempo sobre a obra, lhe conferindo identidade temporal.
Também é importante manter a função original da obra e é é fundamental que se busque fazer uma assimilação com os materiais e estilos construtivos originais da edificação, para que se tenha assegurado o seu valor histórico. Para se adequar as especificidades da construção, são necessários estudos para analisar as técnicas originalmente empregadas na obra. O uso de novas técnicas e tecnologias é possível em uma restauração, desde que se mantenham os elementos de acordo com a identidade cultural do patrimônio.
Em geral quando um patrimônio necessita de alguma intervenção, é fundamental que a mesma se restrinja especificamente ao necessário. É importante que se possa notar que tal mudança foi realizada, a fim de que não seja confundida com a obra original, porém não pode interferir na harmonia de sua estética. As intervenções realizadas devem ser reversíveis.

Restauro x reforma
Muitas pessoas não sabem a diferença entre reforma e restauro, então ai vai uma pequena explicação para quem quiser aprender a diferenciar os dois:

Restauro
Restauro

Na restauração, devemos preservar as características fundamentais que identifiquem o edifício, que marcam a sua época e o seu estilo construtivo, como foi explicado anteriormente, deve-se atentar a fazer o mínimo de mudanças possíveis, e as que forem inevitáveis deverão apresentar o caráter reversível. Na restauração de casas é usual se trocar a fiação elétrica e a parte hidráulica, por desgaste do tempo, lembrando que esses itens específicos nada tem haver com a estética do edifício, que deve se manter idêntica a original, principalmente na fachada.

Reforma
Reforma

Já na reforma, você pode aproveitar as partes da casa que mais lhe agradem, sem alterá-las e modificar apenas aquilo que você achar que merece um ar mais contemporâneo, portanto na reforma não é obrigatório que as mudanças sejam reversíveis e nem é necessário se utilizar de técnicas especificas de conservação. Lembrando que é sempre bom estar atento às reformas fazendo análises dos pontos estruturais que não devem ser alterados por questões de segurança.

Pra fazer arquitetura precisa ser bom em matemática?



matematica

O curso de arquitetura realmente tem uma carga grande de disciplinas relacionadas à matemática, posto que o arquiteto deve dominar conhecimentos como cálculos estruturais, por exemplo.
Quando falamos de arquitetura, as pessoas logo perguntam: “Tem calculo demais né?”. Na verdade não. Os engenheiros têm seu curso estruturado em cálculos. Assustadores, eu imagino. Os arquitetos aprendem o necessário para pensarem nas estruturas dos seus projetos, nas quantidades de degraus que deve ter uma escada, tamanhos de elevadores, inclinações de rampas, distâncias confortáveis entre mesas de escritórios e vários outros. Alguns cálculos são complicados, como as reações internas das vigas ou os de resistência dos materiais nas estruturas dos projetos.
matematica-arquitetura
A grande maioria deles, quando praticados, tornam-se simples. Sempre digo que os cálculos arquitetônicos exigem mais atenção que matemática. Quem aprendeu o Teorema de Pitágoras, equações de 1º e 2º grau, geometria plana e espacial na escola, está preparado para começar o curso de arquitetura. E ainda pensávamos naquela época: “nunca mais vou usar isso”. Ah, doce ilusão.
O universo da arquitetura é fascinante. Nunca tive dúvidas de que era isso que queria seguir. Se tiveres vocação, talento ou apenas vontade de conhecer este mundo, não leve em consideração sua facilidade em matemática ou desenho. Com um pouco mais de dedicação, dá para acompanhar os que nasceram com esta facilidade.
Na maioria dos cursos as pessoas se deparam com alguns obstáculos, assim como alguns conteúdos com os quais tem mais dificuldades de lidar. É necessário lembrar que eles serão estudados durante o curso, mas com persistência e esforço é completamente possível superar qualquer dificuldade.
matematica-calculo
Procure conhecer bem o curso de arquitetura e urbanismo. Pesquise as disciplinas que compõem sua grade curricular. Algumas faculdades até disponibilizam na internet os conteúdos abordados em cada uma delas.
O cálculo é usado na faculdade, mas na profissão você poderá usar softwares que realizem alguns desses para você. Esses conhecimentos básicos são extremamente necessários para saber detalhes da viabilidade de uma obra e para ter o domínio do assunto ao conversar com os engenheiros e mestres de obras.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Planejamento do projeto de Construção

Planejamento é o primeiro passo da filosofia de gerenciamento de projetos no planejamento, organização e controle da execução dos projetos. Planejamento do projeto e cronograma do projeto são duas funções separadas e distinta na gestão do projeto. Aqui, vamos aprender sobre a fase de planejamento do gerenciamento de projetos.
O planejamento do projeto é a função em que os gerentes de projeto e construção e seus membros chave da equipe preparam o plano diretor. Então este plano é colocado em cronograma de agendamento de pessoas que é chamado de cronograma do projeto. O planejamento do projeto é em grande parte responsável pelo sucesso ou fracasso desse projeto.
planejamento2
Definição de Planejamento:
O planejamento é uma ponte entre as experiências dos projetos anteriores e as ações propostas, que produz resultados favoráveis ​​no futuro. Pode também ser dito que é uma precaução, através da qual se pode reduzir os efeitos indesejáveis ​​ou acontecimentos inesperados e eliminando assim desencontros, desperdício e perda de eficiência. O planejamento envolve a determinação prévia, especificação de fatores, forças, efeitos e relações necessárias para alcançar os objetivos desejados.
Filosofia de Planejamento:
O planejamento deve ser feito de forma lógica, completa e honesta para se ter chances de sucesso. As experiências anteriores de projetos fornece a lógica de planejamento básico. Então diferença entre projetos anteriores e projetos atuais devem ser conhecidos para fazer quaisquer características excepcionais na lógica do planejamento básico.Essas diferenças podem ser uma exigência incomum do cliente, localizações fora do caminho, potenciais fatores de retardamento externos ou internos etc. Estes problemas potenciais terão de ser resolvidos a fim de reduzir os efeitos negativos no preparo de um planejamento de projeto e, posteriormente, a programação do projeto. Forneça a cada aspecto do planejamento uma entrada com análise individual a partir das experiências passadas e dos especialistas.
Tipos de Planejamento :
Existem vários tipos de planejamento do projeto. Os três principais tipos de planejamento do projeto de construção são:
1. Planejamento estratégico: trata-se da seleção de alto nível dos objetivos do projeto.
2. Planejamento operacional : trata-se do planejamento detalhado necessário para cumprir os objetivos estratégicos
3. Programação :coloca o plano operacional detalhado em uma escala de tempo definido pelos objetivos estratégicos.
planejamento estratégico é feito pelos planejadores corporativos do proprietário. Neste eles decidem qual projeto construir e qual a data de conclusão  para atender os objetivos do proprietário do projeto. As equipes de construção formulam o plano de execução de construção mestre dentro das orientações definidas nos planos estratégicos e de contratação.
Planejamento Operacional :
Planejamento operacional é feito pelas equipes de construção . Eles fazem algumas perguntas antes de elaborar o plano operacional do projeto. Elas são:
  • Será que o plano operacional cumpre a meta do planejamento estratégico ?
  • Os recursos e serviços de construção disponíveis dentro da empresa são suficientes para atender os objetivos do projeto ?
  • Qual é o impacto do novo projeto sobre a carga de trabalho existente?
  • Onde vamos obter os recursos para lidar com qualquer sobrecarga ?
  • Quais são as políticas da empresa que podem impedir o plano de cumprir a meta ?
  • Geralmente há equipamentos ou materiais de muito tempo de entrega envolvidos ?
  • Os conceitos e a concepção do projeto estão firmemente estabelecidos e prontos para iniciar a construção ?
  • O plano de contratação original ainda é válido?
  • Será que vai ser mais econômico usar uma abordagem de programação rápida ?
Todas essas perguntas são respondidas na elaboração do plano diretor da construção antes de programação detalhada do projeto.
O que é o Plano Diretor de Construção?
Um plano de construção aborda como o projeto será planejado, organizado e as principais atividades de trabalho a serem controladas para atender os objetivos de terminar o trabalho no prazo, dentro do orçamento e conforme o especificado.
O Plano de contratação é a principal consideração na elaboração do plano diretor da construção, que responde a um monte de questões. Questões relacionadas ao governo e a contenção social, recursos para construção, políticas do proprietário ou requisitos legaisexigência contratual que afeta o plano diretor e não são respondidas através do plano de contrataçãoAs respostas a estas questões devem ser encontrada durante o desenvolvimento do plano de execução do projeto.
O Plano de execução do projeto deve ser revisto e a avaliação deve ser feita conforme o trabalho progride. Pequenas variações são comuns, mas mudanças importantes devem ser considerados com extrema cautela.
O plano mestre do projeto de construção deve estar concluído e aprovado, depois que o plano de tempo (cronograma), plano de orçamento e plano de recursos sejam realizados

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estrutura de concreto x estrutura metálica: vantagens e desvantagens


Um dos momentos mais importantes, se não o mais, de um processo construtivo, é o planejamento. Nele pode-se pensar previamente a respeito de todos os recursos que serão utilizados no decorrer na obra e de que maneira ela pode ser a mais eficiente, levando em conta preço, facilidade, peso, resistência, etc.
Um passo fundamental é a escolha da maneira como será feita a estrutura: metálica ou de concreto. Ambas tem seus prós e contras e devem ser escolhidas para cada ocasião, mas quais são as características que tornam cada uma mais recomendadas para certa obra?
1 – Execução: enquanto a estrutura de concreto deve ser produzida toda na obra, a metálica é apenas montada, tendo sua produção feita em fábrica.
2 – Material: enquanto na estrutura de concreto os materiais são diversos, entre eles a areia, cimento, brita, tinta, água, formas de madeira, serrote, ferragem, etc, sendo ainda que alguns precisam de um tempo maior para serem produzidos e com possibilidade de erro, na estrutura metálica precisa basicamente de parafusos, aço e tinta, já que ela chega ao canteiro de obra quase pronta.
estruturas-de-concreto
3 – Quantidade de material e espaço: a utilização de material e espaço, enquanto na estrutura de concreto são de difícil estimativa, na metálica já é possível saber antes mesmo de produzi-lá e com erros mínimos.
4 – Mão-de-obra: levando em consideração o mesmo tamanho de construção e o mesmo tempo, seriam necessários muito mais operários na parte da estrutura de concreto do que da metálica, pois enquanto as paredes ainda sobem com toda a linha de produção da matéria-prima, a metálica é apenas montada. Deve-se destacar que a mão-de-obra utilizada numa estrutura metálica é bem mais especializada, o que a encarece, além da carência de profissionais habilitados. Mão-de-obra para concreto há em mais abundância e exige menos qualificação e remuneração. Erros são por vezes admissíveis e corrigidos. Erros na metálica devem ser nulos.
estrutura metálica
5 – Peso: é um fator extremamente importante na escolha do tipo de estrutura que será usada, e neste caso a metálica, novamente, sai ganhando. A fundação fica mais tranquila pela quantidade de blocos a serem usados, pela estrutura em si, e tudo isso alivia a tensão nas vigas e colunas e deixa a base muito mais leve.
6 – Barulho: de fato, este é um problema quando falamos em estruturas metálicas. Escadas pré-produzidas, por exemplo, se não forem bem forradas, serão bem barulhentas. No caso de edifícios, os passos no andar de cima, barulho de descarga e até a conversa dos vizinhos, dependendo da altura, poderão ser bem escutados a ponto de incomodar. As estruturas de concreto não têm esse problema, logo que as paredes são mais grossas e o material ajuda na contenção dos ruídos.
estrutura de concreto
7 – Temperatura: é, o material não ajuda muito na estrutura metálica. O local é um tanto quando gélido no frio e quente no calor. A estrutura não retém a temperatura e acaba piorando a situação do ambiente. As estruturas de concreto são mais aconchegantes, conseguem reter o calor no ambiente interno quando está frio e também não deixa que ele entre muito quando está calor, aliviando significativamente essa questão do desconforto.
8 – Resistência:  esse item é imparcial. A questão tratada na resistência é o que possibilita que ambas sejam utilizadas. Nenhum deixa a desejar ou mostra-se superior à outra.
9 – Financeiro: a estrutura metálica em si é bem cara, mas levando em consideração todos os materiais que serão usados para produzir a estrutura de concreto, é mais em conta. O que encarece, infelizmente, no caso do Brasil, é a disponibilidade de mão-de-obra.
estrutura metalica
10 – Proteção contra fogo:  novamente a estrutura de concreto apresenta um item no qual sai na frente. Esse tipo de construção não precisa de muitos recursos a mais para proteção contra fogo, já nas estruturas metálicas gasta-se uma boa disposição para o projeto e execução  dele, no intuito de evitar quaisquer problemas.
11 – Prazos: é, o prazo de entrega foge de ser o mesmo. A estrutura metálica está bem à frente nesse quesito, pois ao mesmo tempo que está fazendo as fundações, a parte estrutural está sendo também construída. Os pavimentos também podem ser feitos de 3 em 3 e as instalações elétricas são mais fáceis de se fazer. No caso da estrutura de concreto, a estrutura só começará a ser erguida após a fundação estar pronta, os pavimentos serão de 1 em 1, esperando ainda o tempo de cura do concreto para retirar a escora de vigas e também tem maior tempo de execução das instalações elétricas.
Fontes: MetalicaConstrução.

domingo, 13 de outubro de 2013

Porcelanatos

De acordo com o site Brazil South (2011), porcelanato é um revestimento de altíssima qualidade, obtido através de matérias-primas de grande pureza submetidas a um tratamento térmico elevado.
O porcelanato é compacto, homogêneo, denso e totalmente retificado (existem tipos não retificados).
Suas vantagens são: altíssima resistência química, resistência ao gelo, resistência mecânica, resistência à abrasão e alta durabilidade.
O porcelanato é especialmente indicado para ambientes de alto tráfego como shopping centers, aeroportos, hospitais, escolas, indústrias e supermercados.
A duração de um porcelanato é muito maior que o granito porque é mais duro na escala MOHS (escala aplicada às pedras naturais).

Características
Ainda de acordo com o site Brazil South (2011), o porcelanato:
  • é um piso nobre feito com massa de porcelana, com absorção de água menor que 0,5%, e com isso uma EPU – expansão por umidade – praticamente nula;
  • é um material de baixa porosidade por possuir uma massa mais densa que a cerâmica comum, tendo com isso, facilidade na limpeza de sua superfície;
  • possui a mais alta das resistências ao impacto entre todos os produtos do universo cerâmico com alta resistência à ruptura;
  • é produzido em temperaturas elevadas, por volta de 1250°C, com prensas hidráulicas de altíssima pressão, com massas ricas em feldspato e fundentes nobres, com moagem muito fina e uma sinterização total.

Absorção de água
Todo revestimento cerâmico tem uma certa porosidade, isto é, tem espaços vazios em sua base (massa). Quanto menor a porosidade de um revestimento, menor a quantidade de água que ele pode absorver e melhores serão as suas características técnicas.
Esta característica é utilizada para a classificação dos revestimentos cerâmicos. A norma NBR 13817:1997, baseada na ISO 13006:1995, classifica os revestimentos cerâmicos de acordo com sua absorção de água.
Segundo a norma ISO 13006:1995, um revestimento cerâmico é classificado como porcelanato quando possui absorção d’água menor que 0,5%.

Piso cerâmico x porcelanato
A diferença básica está na absorção d’água. Os pisos cerâmicos apresentam absorção d’água menor que 6%. Já os porcelanatos apresentam absorção d’água menor que 0,5% .  Segundo informações do site Brazil South (2011), essa baixa absorção d’água possibilita:
  • alta resistência mecânica, suportando cargas pesadas, mesmo com menor peso e espessura que as pedras naturais;
  • alta resistência à abrasão, suportando tráfego intenso de pessoas e veículos;
  • alta resistência ao gelo, podendo ser utilizado em locais com climas muito frios;
  • baixíssima expansão por hidratação, não descolando se forem bem assentados;
  • possibilidade de se utilizar juntas de assentamento mínima, dando um acabamento diferenciado;
  • facilidade de assentamento.

Tipos de porcelanato
A Ceusa Revestimentos  Cerâmicos (2011) ressalta que existem dois tipos no mercado:
  • Porcelanato técnico: é aquele que recebe a decoração e a cor na própria massa através de corantes, corantes micronizados, sais solúveis, entre outros.
  • Porcelanato esmaltado: é uma massa única que recebe sua cor através da esmaltação e decoração. Desta forma, todo material que contenha esmalte na superfície terá PEI, definido pelo fabricante, em conformidade com as Normas Técnicas.
E a ABNT NBR 15463:2007 classifica de acordo com a absorção de água:
  • Porcelanato técnico:  Absorção de água ≤ 0,10%
  • Porcelanato esmaltado: 0,10% < Absorção de água ≤ 0,50%
Para Dias e Quinteiro (2010 apud COSTA at al, 2010), quanto mais baixo for índice de absorção de água, menor a porosidade e maior a resistência mecânica e à abrasão. Esse é o caso dos porcelanatos técnicos, divididos em dois grupos. Nos semipolidos, ou acetinados, o processo não chega ao polimento completo, portanto não há brilho. Já os polidos trazem um brilho que oferece a sensação de amplitude, mas são mais escorregadios. Esse tipo tem maior suscetibilidade a manchas se comparado aos anteriores. Em sua superfície pode existir microporosidade, que surge pela ação do polimento.
E Menegazzo (2010 apud COSTA at al, 2010) salienta que, se a ideia for comprar uma peça rústica, tanto os técnicos quanto os esmaltados dispõem desse acabamento. Ele oferece maior resistência ao escorregamento, mas dificulta a limpeza.
O tom e o desenho suaves do porcelanato retificado Alberi são obtidos por meio de impressão digital. Ele reúne outras duas tendências: baixa espessura (5,5 mm) e grande formato (19,5 x 85 cm).  Fonte: Costa at al (2010) – fotos de André Fortes
O tom e o desenho suaves do porcelanato retificado Alberi são obtidos por meio de impressão digital. Ele reúne outras duas tendências: baixa espessura (5,5 mm) e grande formato (19,5 x 85 cm).
Fonte: Costa at al (2010) – fotos de André Fortes
Porcelanatos imitando crema marfil e quartzito Fonte: Costa at al (2010) – fotos de André Fortes
Porcelanatos imitando crema marfil e quartzito
Fonte: Costa at al (2010) – fotos de André Fortes
Exemplo de aplicação de porcelanato Fonte: Brazil South (2011)
Exemplo de aplicação de porcelanato
Fonte: Brazil South (2011)
Exemplo de aplicação de porcelanato Fonte: Brazil South (2011)
Exemplo de aplicação de porcelanato
Fonte: Brazil South (2011)

Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Minuta de Ata CE-02:109.10 Placas Cerâmicas. São Paulo, 2006.

Sapatas – o que são e qual suprirá cada necessidade?

Fundações: A definição de fundações consiste no elemento estrutural que executa a função de transmitir a carga de toda a estrutura ao solo sem que provoque a ruptura do terreno de fundação ou do próprio elemento de ligação, cujos recalques sejas satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto da estrutura. Há dois tipos, e um deles é chamado de fundação superficial, rasa ou direta, que é definida pela NBR 6122/2010 como: “elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.” Uma das maneiras de fundação superficial é a sapata.
Sapata de Fundação: A Sapata de fundação é uma base de concreto que procura suprir as necessidades descritas na definição de fundação. Definida pela NBR 6122/2010 como um “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.”
Quando tratamos de sapatas, há quatro tipos: Sapata Isolada, Sapata Corrida, Sapata associada e viga alavanca/viga de equilíbrio. As duas primeiras podem ser classificadas ainda como rígidas ou em flexíveis.

Sapata Isolada: A isolada consiste em transmitir ações de um único pilar, que pode estar centrado ou é do tipo não alongada. Ele pode ter formato quadrado, retangular, circular, sendo sua altura constante ou que fique variando linearmente entre as fazes do pilar à extremidade da base. Em geral são feitas com forma de tronco de pirâmide.
Nesse tipo, o centro de gravidade da sapata deve ser o mesmo que o centro de aplicação da ação do pilar. De acordo com NBR, a menor dimensão deve ser ≥ 60 cm, sendo a relação entre os lados da sapata (L1/L2) ≤ 2,5.
sapata isolada


sapara isolada 2

Sapata isolada 3


Sapata Corrida: Esse tipo é empregado normalmente para receber as ações verticais de muros, paredes e elementos alongados que transmitam carregamento uniformemente distribuído numa só direção. Sua dimensão é a mesma de uma laje armada em uma direção. Não é necessária a verificação da punção em sapatas desse tipo por receberem ações em focos distribuídos. Pelo fato de as bielas de compressão serem íngremes, tensões de aderência elevadas na armadura principal acabam aparecendo, o que pode acarretar na ruptura do concreto de cobrimento, gerando fendas, essas que podem ser evitadas com diâmetros menores para as barras e espaçamentos menores entre elas. Sua execução é de nível fácil e não é necessário muito esforço, tendo seus poços cavados até mesmo à mão, dependendo pro projeto arquitetônico, e de fundura rasa. Normalmente executado com concreto ciclópico, que é concreto + pedra de mão. Segue as paredes da edificação.
sapata corrida

sapata corrida1

sapata-corrida


Sapata Associada: Sapatas associadas transmitem ações de dois ou mais pilares adjacentes. Normalmente seu recurso é procurado quando não é capaz, por falta de espaço ou por estarem muito próximos, a utilização de sapatas isoladas para casa um dos pilares que foram associados. Quando estão muito próximas, suas bases ficariam sobrepostas ao fazê-las isoladas em planta, nesse caso usa-se o recurso da sapata associada, recebendo as ações de dois ou mais pilares e dentro do espaço correto.
Normalmente, o centro de aplicação das cargas que chegam dos pilares estão no centro de gravidade da sapata. Para casos de carregamento uniformes e simétricas, as sapadas associadas viram uma só de base retangular e simples, mas quando as cargas dos pilares têm uma diferença muito grande, é necessária a projeção de uma sapara trapezoidal ou uma sapata retangular com balanços livres diferentes.
sapata associada 2
sapata associada
Sapata com viga de equilíbrio: “No caso de pilares posicionados junto à divisa do terreno, o momento produzido pelo não alinhamento da ação com a reação deve ser absorvido por uma viga, conhecida como viga de equilíbrio ou viga alavanca, apoiada na sapata junto à divisa e na sapata construída para pilar interno.” Dessa maneira, a viga de equilíbrio desemprenha um papael de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata que encontra-se na divisa e também resistir aos momentos fletores produzidos pela diferente carga do pilar para com o centro dessa sapata.”
viga de equilibrio2
viga de equilibrio
vigaequilibrio